Histórias da vovó Ursa.

NB: Estou usando como ilustrações, imagens coletadas no Google, qualquer problema é só me avisar que eu retiro. Isso será somente enquanto termino as minhas ilustrações e as escaneio.

 A HISTÓRIA DE TUÍ

Vou te contar  a história de um lindo pássaro azul que foi aprisionado em uma armadilha colocada por homens na mata onde ele morava, e depois ele foi levado para bem longe de sua amada e seus filhotinhos. O pássaro dessa história se chama Tuí.
A mata onde Tuí morava era linda! Tinha muitas flores, riachos e até cachoeiras. 
Ele tinha se apaixonado por uma linda passarinha que cantava maravilhosamente, então eles se casaram e nasceram três lindos filhotinhos de seus ovinhos. Tuí era um pássaro alegre e feliz.
E foi feliz até o dia que descobriu aquela caixinha cheia de frutas saborosas pendurada em uma árvore. Sem saber que era uma armadilha ele entrou nela e ficou preso quando a portinhola se fechou. Logo apareceu um homem que o levou embora para longe dali.
Na verdade, Tuí não entendia nada do que estava acontecendo, ele só queria voar pela floresta junto com  sua linda família, ele adorava ensinar os filhotes a darem vôos rasantes em volta da cachoeira. Tuí ficou desesperado quando o puseram numa gaiola e começou a bater a cabeça contra as grades tentando arrebenta-las e escapar, machucou a cabecinha e não conseguiu, então o caçador cobriu a gaiola com um pano preto que Tuí pensou que era a noite e se acalmou, dormiu sentindo muita tristeza. Sua mãe sempre falava para ele tomar muito cuidado porque entre os animais humanos, os homens, havia uns muito maus.

Em um caminhão Tuí viajou quilômetros e quilômetros que o distanciaram de Sun, que era o nome de sua amada e dos filhotes. E foi assim que Tuí chegara ao outro lado do mundo, o outro lado de seu mundo. Nunca vira um reino tão turbulento, sujo e feio como o que ele estava agora, era um grande mercado e ele preso em uma gaiola dependurada junto com outras e outros pássaros.
Ele ficava observando aquelas pessoas indo e vindo, todas ansiosas, apressadas, por vezes paravam em frente a sua gaiola e o ficavam admirando, mas ele não cantava mais, nunca mais cantara.
Até que um dia ele ouviu um som delicioso sobressair-se em meio ao burburinho do mercado, e não demorou muito surgiu a sua frente uma criatura linda! E ele logo descobriu que ela era uma filhote de homem, naquele instante ele ergueu a cabecinha, abriu o bico e deixou sair o canto mais lindo de toda a sua vida.
Ela ficou tão feliz com sua linda melodia que ficou batendo palmas, assim o pai dela comprou Tuí e pai e filha o levaram para casa.
A menina que se chamava Vitória tinha muito carinho por ele e queria que brincasse com ela, mas seu pai lhe explicara que ele precisava ficar preso senão iria fugir.
Nanã, a babá de Vitória, pois era esse o nome da menina, era uma mulher muito magra e ossuda de longos cabelos que estavam sempre presos no alto de sua cabeça, foi quem lhe contou que o pássaro vinha de outras terras, muito longe dali e que deveria pertencer a algum bando de pássaros, ter uma família.
A partir desse dia Vitória se perguntava por que as pessoas caçam e prendem os passarinhos, e resolveu ir falar com o seu pai e ele lhe disse que as pessoas pegam os pássaros e os prendem nas gaiolas porque eles alegram a vida das pessoas com seu canto e sua beleza, e outros os prendiam para vender no mercado e comprar alimento para suas famílias com o dinheiro recebido.
Mas Vitória não podia continuar sendo feliz sabendo que em sua casa havia um prisioneiro  que havia nascido com asas para voar, e prender a avezinha não era uma coisa certa de se fazer, era uma maldade. Ela queria dar a liberdade para Tuí, queria vê-lo voar livre no céu, mas sabia que seu pai não iria deixar porque lhe disse que o pássaro não iria mais saber encontrar alimento sozinho e na cidade, e poderia morrer de fome.
Mesmo assim, ela pedia e pedia. Pediu para soltar o Tuí no dia de seu aniversário, pediu no dia do Natal, pediu no dia da Páscoa e seu pai sempre lhe dizia "não".
Foi quando chegou a época das férias que tudo aconteceu. A família foi para a casa da chácara, o pai de Vitória adorava cavalgar, correr pelos campos montado em seu cavalo, essa era a sua maior diversão.
Todos estavam muito felizes fazendo planos para vários passeios, mas uma coisa ruim aconteceu, o pai de Vitória escorregou no chão molhado da cozinha e levou um tremendo de um tombo quebrando a perna. Foi uma tristeza só, ele teve que ficar com a perna engessada sem poder sair, sem poder montar em seu cavalo e sair pelos campos sentindo o vento na cara como tanto gostava de fazer e que lhe dava a sensação de estar voando. Ele também não iria poder nadar, jogar bola, não iria poder nada, era como se ele estivesse preso e isso o deixou muito aborrecido.
Então numa manhã, ele estava sentado na varanda vendo o dia amanhecer e a algazarra dos pássaros que alegres pulavam nos galhos das árvores e depois partiam voando alto em direção ao céu. Nesse momento ele pensou que gostaria de ser um pássaro para voar livremente. Foi então que ele se lembrou de Tuí preso lá no viveiro em sua casa, pensou também em Vitória e em o quanto ela queria ver seu amiguinho solto nem que isso fizesse com que não fosse vê-lo nunca mais, ele ficou emocionado em saber que tinha uma filha tão boa e justa.
Quando Vitória acordou ele lhe deu a notícia de que iria soltar Tuí na mata. A menina ficou tão feliz que deu um montão de beijinhos em seu papai.
E foi assim que finalmente Tuí ficou livre e pode se encontrar novamente com Sun e seus filhotes para voarem juntos e brincar na cachoeira.

fim
Vovó Ursa a amiga das fadas.

                                

                            O NASCIMENTO DE TALIESIN

Essa é uma história da época do Rei Arthur, um conto celta.

Conta-se que certa vez uma poderosa feiticeira chamda Cerridwen que tivera três filhos.
O primeiro nasceu muito lindo, em seguida teve uma linda menina, a mais bonita que existia. Depois teve um terceiro filho tão feio que lhe deram o nome de Castor Negro.
Sua mãe ficara muito triste pela feiura dele, ele era muito diferente dos irmãos que tinham beleza e graça. Então resolveu usar os seus poderes mágicos, assim preparou uma poção em seu caldeirão que faria com que ele se tornasse muito sábio, assim seria respeitado onde quer que fosse e ninguém ligaria para a sua feiura..
Essa poção mágica tinha que ficar cozinhando durante um ano e um dia no caldeirão, a feiticeira contratou dois rapazes para ficar mexendo a mistura, um ficava durante o dia e o outro durante a noite. Ao final do prazo de um ano e um dia, restariam três gotas sagradas que seriam dadas a Castor Negro, e essas três gotas teriam as qualidades do conhecimento da paciência e da sabedoria.
 Aconteceu que; quando estava esgotando o prazo para a poção mágica ficar pronta, o rapaz que trabalhava a noite cochilou e derrubou as gotas em seu dedo, ao sentir a dor da queimadura ele levou a mão na boca engolindo a mistura sagrada e mágica. 
No mesmo instante ele viu com os dons que agora possuía, o tamanho da raiva que a feiticeira iria ficar dele e imediatamente se transformou-se em uma lebre e imediatamente começou uma perseguição mágica, pois ela se transformou em uma raposa para pegá-lo.
Ele vendo-se em perigo se atirou no rio e se transformou em um peixe, ela então se tornou uma lontra e caiu na água atrás dele. Assim ele se transformou em um pássaro para fugir da lontra. A poderosa feiticeira se transformou em um enorme falcão.
Cansado ele se tornou um grão de trigo para fugir da perseguição dela, aí ela se transformou em uma galinha o encontrou e o engoliu.


Assim ela ficou grávida, e cheia de raiva tinha planos de matar o bebe assim que nascesse, mas quando ele nasceu era tão lindo que lágrimas caíram dos olhos dela e não conseguiu fazer nenhum mal a ele.


Resolveu que o colocaria em uma sacola de couro e deixaria que as águas do rio o levasse.
Assim decidiu, assim fez.
Acontece que naquele mesmo rio, o príncipe Elphin estava pescando quando viu a sacola boiando, curioso puxou a sacola com um gancho até seu barco e abriu-a. Ficou admirado de ver ali dentro a crança mais linda que seus olhos já vira, sua face brilhava radiante e o príncipe resolveu chamá-lo de Taliesin, que quer dizer "face radiante", e em seguida ouviu a criança falar sobre coisas que ainda iriam acontecer, e o príncipe descobriu que se tratava de uma criança mágica.
Quando Taliesin cresceu, se tornou o maior mago poeta que já houve.



fim
Contos populares.

                                  DRAGÕES EXISTEM

O menino Cauã assim que viu sua avó foi logo perguntando:
- Vovó Ursa... Dragões existem?
É que ele estivera vendo um livro com figuras de dragões, e ficara muito curioso, então quis perguntar para sua avó que ele chamava de vó Ursa.
- Ora! Ora!Mas que ótima pergunta!
 Falou sua avó acabando de entrar e se sentando ´no sofá verde cheio de almofadas coloridas em frente a lareira.
 Cauã mais do que depressa sentou-se ao lado da avó querendo realmente saber se, afinal de contas dragões existem ou não.
- Claro que existem! - Foi a resposta dela, mas aí meio na dúvida ele perguntou rapidinho:
- Mas...Você já viu um?
Os olhos de sua avó se arregalaram quando ela respondeu:
- Claro que sim! E você também já viu.
- Eu? - Agora foi a vez dos olhos do Cauã se arregalarem - Eu não vovó! Eu nunca vi um dragão.
A vovó o abraçou e lhe disse:
- Eu lhe garanto que você já viu um dragão meu querido, e vou lhe provar isso contando uma história antiga, tão antiga que ninguém sabe quem a contou primeiro.
- Obá!
Cauã se acomodou no sofá para ouvir a história, então sua avó começou:
- Era uma vez, perto de uma aldeia em Portugal, e em meio as montanhas, um lindo e enorme dragão verde, que morava numa imensa caverna, seu hálito exalava fogo quando ele estava irritado. Tinha uma cauda enorme e u lindo par de chifres bem grande, tinha também duas asas fortes que faziam um barulhão quando ele voava pelo céu em volta das montanhas. Seu corpo era todo coberto de escamas grandes e duras, que funcionavam como uma armadura que protegia o seu corpo das lanças dos homens.
- Os homens queriam matar o dragão? - Perguntou Cauã de olhos arregalados.
- Espere só para ver -Disse a vó fazendo um suspense.
E a vovó continuou:
- Além desse, haviam outros dragões que moravam em cavernas nas montanhas, mas nenhum tão lindo e forte como ele, e na verdade eles viviam em paz com as pessoas da aldeia, ninguém incomodava ninguém, até que um dia, um dos reis da Terra resolveu tomar o reino de todos os outros reis e suas aldeias, e então começou uma terrível guerra. Esse rei ambicioso havia conseguido um exército muito grande prometendo a seus guerreiros muito ouro. Era um exército cruel e poderoso e assim o rei cruel esperava conquistar toda a Terra.
Os outros reis da Terra, assustados resolveram pedir a ajuda dos dragões, porque sabiam que eram mais poderosos do que qualquer exército, e seria a primeira vez na história da humanidade que homens e dragões lutariam juntos para salvar as pessoas e os reinos. E assim se pensou, assim foi feito, eles lutaram juntos contra o exército malvado.
O dragão verde comandava os outros dragões e o céu até escureceu quando enormes asas que faziam um terrível barulho desceram voando.
- Nossa! -Cauã quase nem respirava imaginando que luta seria aquela.
- Acontece -continuou sua avó Ursa- que o rei malvado percebeu que seu exército tão poderoso seria derrotado se ele não fizesse nada. E fez.
- Fez o quê? -quis saber Cauã.
- Olha só, esse rei tinha um segredo, guardava uma pedra mágica que tinha roubado de Góbi, o rei dos gnomos, ela tinha o poder de realizar um desejo.
- Só um? -Cauã achou a pedra muito mixuruca, um único desejo só?
Mas sua avó explicou:
- Sim porque ele já havia feito tantos pedidos que só restava um. Ele a escondera  em uma caverna para ninguém achá-la e resolveu ir buscar e fazer o seu último pedido, mas na pressa ele tropeçou e caiu em um buraco, demorou muito para conseguir sair de lá pois era um buraco muito fundo. Enquanto isso os dragões venceram a guerra e acabaram com o exército malvado, que não viram ouro algum isso sim, tiveram que sair correndo para apagar o fogo que os dragões puseram em suas calças.
O rei malvado ficou tão bravo, mas tão bravo que pediu à pedra mágica para transformá-los em um matador de dragões invencível, havia decidido acabar com todos os dragões que existisse no mundo.
E assim muitos foram mortos desde os filhotes, até os velhinhos. O dragão verde vendo que o inimigo era perigoso demais, decidiu pedir ajuda ao mundo mágico, o mundo das fadas, elfos, gnomos e outros seres encantados. Fizeram uma reunião onde todos os seres encantados compareceram a fim de descobrirem como iriam salvar os dragões que ainda restavam.
- Mas não conseguiram não é vó Ursa?
- Conseguiram sim, claro que conseguiram, e vou te contar o que foi que fizeram. Depois de muito discutirem, foi a rainha das fadas a senhora Aine que teve a ideia salvadora. Ela sugeriu que mudassem a forma dos dragões de tal forma que o matador não pudesse mais reconhecê-los. Quando ela falou isso foi uma alvoroço só, porque os dragões tinham orgulho de sua forma e tamanho gostavam de ser como eram, mas por fim, para salvar suas vidas tiveram que aceitar pagar o preço que era preciso, e o preço era aceitarem se tornarem diferentes do que eram.
E foi assim que as libélulas apareceram no mundo.
- As libélulas? - pergunto incrédulo o Cauã.
- Sim, elas mesmas -respondeu a vovó Ursa.- cada libélula que você vê voando por aí, é na verdade um dragão.
- Ah! Vó... Agora que você falou, dá para notar, a libélula parece mesmo um dragão! Mas... E os seus poderes?
- Estão adormecidos para o caso de um dia voltarem ao seu tamanho natural -respondeu vó Ursa- porém ele possuem um poder muito grande ainda. O poder de nos fazer sonhar, as libélulas de alguma forma nos faz pensar em um mundo melhor e mais lindo.
- Acho que é isso mesmo vovó, é tão bom ver uma libélula, todas as pessoas ficam encantadas quando veem uma.
- Sim, presta atenção quando ver uma libélula meu netinho querido, porque ela estará te convidando a sonhar, e esse é o maior poder que existe Cauã.
- Como assim? -quis saber o menino.
- Porque é no mundo do sonho que nós fabricamos o nosso destino, quando sonhamos estamos na verdade moldando o mundo.
Cauã deu um abraço na vó Ursa, e foi correndo lá para fora ver as libélulas, afinal agora ele já sabia que Dragões Existem.





                                           fim
Vovó Ursa a amiga das fadas.


O PRÍNCIPE "ORAS BOLAS, PIPOCAS E MAIS MANDIOCAS"

Uma vez um príncipe estava andando perto do lago quando um grande sapo lhe falou:
- Olá meu bom príncipe! Acaso não quer me dar um beijo? Eu posso me transformar em uma linda princesa para namorar com você.
O príncipe respondeu:
- Oras bolas, pipocas e mais mandiocas...E eu lá quero namorar? Sou muito jovem ainda. Quero mesmo é jogar bola... E cala boca, porque sapo não fala.
E o príncipe continuou seu caminho, andou até chegar em um lindo campo verdinho, verdinho! E no meio desse campo havia um cavalo maravilhoso, igual ao Spirit do filme, o príncipe ficou encantado com ele e de repente o cavalo abriu a boca e lhe disse:
- Olá meu bom príncipe! Acaso não quer montar montar em meu dorso? E posso te levar até o castelo da linda princesa e ela poderá ser a sua namorada.
O príncipe respondeu:
- Oras bolas, pipocas e mais mandiocas...E eu lá quero namorar? Sou muito jovem ainda. Quero mesmo é jogar bola... E cala essa boca, porque cavalo não fala.
E o príncipe continuou seu caminho, andou e andou até que chegou em um lindo jardim. Um jardim maravilhoso! Com muitas flores coloridas e perfumadas, pássaros diversos um mais belo que o outro, o príncipe parou admirado, até que um pássaro abriu o bico e lhe disse:
- Olá meu bom príncipe! Acaso não quer subir nas minhas asas? Eu posso voar até onde está uma linda princesa que poderá ser sua namorada.
O príncipe respondeu:
- Oras bolas, pipocas e mais mandiocas....E eu lá quero namorar? Sou muito jovem ainda. Quero mesmo é jogar bola, e se eu montasse em suas asas eu lhe esmagaria, veja o teu tamanho e o meu. E cale esse bico porque passarinho não fala.
E assim ele continuou o seu caminho, foi andando e andando até que depois de uma curva, ele encontrou uma quadra de esportes onde vários garotos jogavam bola, ao verem o príncipe ficaram contentes pois faltava justamente um garoto para completar o time, então eles lhe perguntaram:
- Qual o seu nome?
E o príncipe respondeu:
- Só me chamam de príncipe.
Então os novos amiguinhos riram e falaram:
- Mas, príncipe não é nome é título! Vamos lhe dar um nome então.
Eles pensaram um pouco e gritaram alegres:
- Seu nome será Cauã! Você tem cara de Cauã.
Cauã gostou do nome e correu jogar bola com os novos amigos, fez vários gols e por não ter desviado sua atenção do que sentia vontade de fazer, conseguiu o que queria da vida.
Depois que ele cresceu... Bem...Depois que ele cresceu é outra história.

fim
Vovó Ursa a amiga das fadas.


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